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segunda-feira, janeiro 14, 2008

A morte redentora deste blog às portas da Igreja Baptista de São Domingos de Benfica. 

«Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.»
Actos 9:8-9


Este sítio encontrava-se moribundo à procura de rigorosamente nada que o pudesse salvar. Eternizando a hermeticidade da razão da sua morte, deparou-se com a sarça ardente da blogosfera à sua frente. Era uma morte anunciada, cujo algoz involuntário sucumbia, também ela, ao seu cintilante elan. De um sorriso inquestionável, permanece o conforto da realidade. E a realidade foi conhecer aquela que Foi, que É e que Será A blogosfera.


sábado, janeiro 12, 2008

Agenda 

Irei estrear-me no acordeão (com o TG) com duas semanas de aprendizagem. Como, artisticamente, a alma está acima do virtuosismo, o fole não me tira o sono. «Que se dane o roque-enrole, isto é folclore.»


quinta-feira, janeiro 03, 2008

Uma medida claramente de direita. 

São muitos os trabalhadores deste país que não produzem para fumarem à porta dos edifícios de onde trabalham. Muita beata no chão, muita corrente de ar e, acima de tudo, muita adaptabilidade à nova rotina. Contudo, há algo de meritório nesta medida governamental. As entradas dos edifícios serão o local privilegiado de novos conhecimentos, de novos relacionamentos, de futuros casamentos. Há aqui uma mensagem subliminar do Engº. José Sócrates: Se não produzem, reproduzem. A natalidade acima da produtividade.

Improbabilidade e fardo eterno. 

Há muito que aqui não vinha conviver com a dolorosa morte deste blog. Mas uma coisa vos garanto, enquanto não houver motivo que o mate, não morre. E o único motivo da sua pena capital permanece: conhecer a Bomba Inteligente tal como Saulo sucumbiu ao paroxismo no caminho para Damasco.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Rufus em Lisboa e eu gosto da minha mulher. 

O concerto de ontem à noite do Rufus Wainright foi um verdadeiro espectáculo de entretenimento. À ida, uma ginginha no Rossio, sempre acompanhado da minha mulher montada nuns Stan´Smith cor-de-laranja belíssimos. Eram 20:47 quando ela se queixou dos pés. O aperto do novo material merece sempre a nossa leiga compreensão. O concerto de quase três horas centrou-se muito em êxitos e no "Release the stars", último album do cantor norte-americano e que aconselho vivamente. Surpreendeu-me logo no início: como pano de fundo descia uma enorme bandeira dos Estados Unidos. Para um homossexual preocupado com o excesso de religião nos EUA não estamos nada mal, pensei eu. Iniciava-se o concerto, eram umas 21:25, e a minha mulher queixava-se dos pés. Grandes canções, músicos com muita musicalidade na alma e em constante rotação de instrumentos. Ora de fato às riscas vermelhas e brancas sem camisa, ora com traje austríaco, ora de roupão de banho, terminou de mulher fatal à lá broadway, com todos os músicos a fomentarem a comicidade cénica. Eles a dançar, pelas 23:37, e a minha mulher a queixar-se dos pés. O concerto terminou e concordámos no excelente desempenho do Rufus apesar das dores nos pés da minha mulher. Chegámos a casa lá pás 0:27 e finalmente desmontou os fantásticos Stan´Smith cor-de-laranja. Não poderia haver uma justificação mais razoável para tanta dor. Comprar um par de ténis de tamanho 38 no pé esquerdo e 36 no pé direito não proporciona indiferença nem quer nuns mitológicos Adidas Stan´Smith cor-de-laranja.

segunda-feira, novembro 05, 2007

A corrente da quinta frase da página 161. 

Estiquei o braço e agarrei num livro da mulher para permanecer na corrente da quinta frase da página 161 do livro que tinha mais à mão. Diz assim: «Demorou-me quase um quarto de hora, com a telefonista a intrometer-se de vez em quando para nos lembrar que a conta ia subindo.» (Plexus, Henry Miller) Felizmente, nunca permiti a intromissão de telefonistas nas contas do telefone. Segue a corrente para a cassandra (com tanto seio orgulhoso e cheio era inevitável), o Rui (a próxima vinda ao País sem visitares a minha casa, és morto), a batukada (vemo-nos amanhã no concerto do Rufinho), o Élio (não vale poesia, não vale poesia), a Ana (mulher trabalhadora alegre vale por duas) e o João de Xangai (quero China nesses livros).

terça-feira, outubro 30, 2007

Com convicção. 

Não sei se é a sua convicção na acentuação silábica, se é o excesso de sobrancelhas perfeito, se é por eu ser fã de caras e ser a cara que lhe vejo, mas há ali qualquer coisa que me faz mudar o rumo quando percorro diferentes divisões lá em casa.

Sandra Felgueiras

sexta-feira, outubro 26, 2007

O pró-aborto dos jovens (evangélicos ou não) 

Numa reunião com um cliente, foi introduzido o tema da escassa natalidade dos nossos dias. A responsável, madura na idade, incentivava os seus pupilos a optarem por aquilo que vale a pena. Filhotes. Eles, incrédulos na audição, manifestavam a ponderação, o calculismo, o materialismo e o vazio da significação natal. O espinho na carne da nossa mocidade é o terrível estado de ter nascido com condições. E já sabem: sem condições, o melhor é abortar, nem que seja psicologicamente.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Virtude no corte 

Tenho ouvido comentários acerca do regresso à adolescência da minha aparência, devido ao meu recente corte de cabelo. Rejuvenescendo a minha expressão e enfatizando a minha magreza, carrego na cabeça o peso da má execução das instruções de corte por mim fornecidas. O resumo do problema centra-se abaixo da nuca, onde a pelagem pouco habita. Desde miúdo - por admiração do arquétipo jogador-de-futebol-do-leste-europeu e, mais tarde, pelo corte do Santana Lopes - que gosto de um leve escorregar capilar de rectaguarda pelo início do pescoço. Não vejo a hora de chegar o Natal para recuperar o Santana Lopes que há em mim.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Merecimento 

Há dois dias dei comigo no youtube a ver jogos de rugby que terminavam em pancadaria. Há coisas fantásticas, asseguro. Apesar das minhas contracções automáticas no momento, não interrompia as sequências. Cheguei a um magistral momento de Chabal a placar um neozelandês deixando-o quase inconsciente. Estou certo que se me placasse a mim, rapidamente parariam o jogo por terem descoberto fósseis e ossadas no terreno de jogo. Chabal merece ser feliz.

O modo 

No paradoxo da Justiça de Deus com a Sua Misericórdia emerge a Bondade. Se os ímpios são justificados é pela misericórdia divina. Se não o são, é porque merecem a perdição. O argumento cristão deve ser sempre ornamentado em prol do bondoso Deus. À falta disso, estaremos sempre a limitá-Lo à nossa razoabilidade, à nossa justiça e à nossa bondade.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Florcaveira - Discos e religião organizada 

No próximo Sábado, Os Lacraus estarão presentes no concerto de encerramento do Grémio Lisbonense, no Rossio, pelas 22h.

Sou o da esquerda, dos mamilos cobertos.

Fátima! 

É bom sinal quando um protestante eleva a voz e grita "Fátima!", sem que isso tenha a ver necessariamente com religião.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Anti-complexo. 

Enquanto actuávamos na Feira de São Mateus, uma senhora de meia idade aproximou-se do palco, pediu mais uma canção e enviou um beijinho. É o choque geracional. O que a juventude feminina do nosso tempo precisa é de se aproximar dos palcos, pedir mais canções e enviar beijinhos.

terça-feira, setembro 18, 2007

Jornada dupla para respirar fundo. 

Na quinta-feira em Viseu com Os Ninivitas a celebrar com música ligeira a minha costela de Viriato da Fé. Na sexta, em Braga, com Os Lacraus, a suar magreza. Sábado, em Lisboa, na festa do 2º aniversário do pequenito, à guitarra com o Dartacão e afins. A vida, assim, faz sentido.


terça-feira, julho 31, 2007

Férias. 

Assumindo a nossa Senhora da Graça, voltamos a meio de Setembro.

segunda-feira, julho 30, 2007

Silogismo bíblico 

João Baptista pode ter tido a escola eremita dos essénios. A escola eremita dos essénios não constituia um pleno exemplo de cristianismo. João Baptista não era perfeito o que fez dele um pleno exemplo de cristianismo.

sexta-feira, julho 27, 2007

Lady C. 

Evitar lugares comuns, preservar a aridez do primeiro orgasmo, eliminar ambientes decorativos e garantir realidade na natureza material. Gostei muito da Lady Chatterley. Da estética crua, do humor conseguido. A ver.


Simão fora do Benfica e isso deve custar à volta de uns 50 milhões de euros. 

A saída de Simão do Benfica é um enormíssima perda que, provavelmente, nos impedirá de sermos campeões europeus 2007/2008. Primeiro porque era, sem dúvida, o melhor jogador do clube. Segundo porque isto do dinheiro é tudo uma ilusão pegada, de onde não se chega a lado nenhum. Por muito que se ganhe dinheiro - na realidade ninguém sabe muito bem o que é feito com o mesmo - a verdade é que o Arsenal ficou sem o Henry e o Benfica sem o Simão. Não podereis servir a dois senhores. Que se lixe Mamon!

quarta-feira, julho 25, 2007

Raio do puto é mesmo bom. 

O Manchester United contratou um australiano de 9 anos através de um vídeo do youtube. Era este sinal dos tempos que procurava para o meu insucesso futebolístico.

Decoro no decote. 

Assisti a uma chamada de atenção de uma superiora a uma colega de trabalho devido ao seu decote entusiasta. Sou contra os decotes que não sugerem chamadas de atenção entusiastas.

terça-feira, julho 24, 2007

Conservador II 

A determinada altura da minha apaixonada adolescência viajava com os headphones a bombarem Whitney Houston. Nem assim abusei de estupefacientes.

Conservador I 

A determinada altura da minha meninice apostei em enviar mensageiros às minhas paixões, publicando a minha devoção. Nem assim tive outra mulher para além da actual.

segunda-feira, julho 23, 2007

Só na maioridade 

Ontem fui com a família ao CCB ouvir oito indivíduos ao ar livre, de aspecto vagabundo (eu fui feito para ser vagabundo, digo-vos), entre metais, bombos e tarolas. Sons dos balcãs, num cenário eminentemente bregoviciano. Para além do facto de ter gostado bastante, o que interessa aqui referir foi a reacção do pequenito. Autismo musical aquando da actuação e súplica musical finda a mesma. O m-a-i-s que saiu daquela boquinha deixou-me esperançoso, deveras esperançoso: subsiste a ideia de tocar no metro, ainda por concretizar.

quarta-feira, julho 18, 2007

Triste Tópico 

Sem grande jeito para saudosismos, aqui fica um triste tópico.

Ode do dia. 

Estava tão stressado que a solidão o salvou.

"I saw you this morning, you were moving so fast" 

De tão nua que andava, tornou-se indizível na sua visibilidade.

terça-feira, julho 17, 2007

Aguilhão 

O mundo pode ser dividido entre quem gosta do Materazzi e quem não gosta do Materazzi. Poderíamos ir pela estética, pela espiritualidade ou pelo jogo. Este gajo é uma espécie de pacto ou aliança entre quem gosta e não gosta de futebol. Sem ser unânime, traz o vínculo. Uma divindade do tapete verde.


Marco Materazzi


segunda-feira, julho 16, 2007

Queremos a Maldição! 

A batukada merece castigo. Não me deixou entrar na roda dos leitores, pelo que será alvo de uma maldição terrível, a definir, que a fará arrepender desta decisão tão prosaica. De qualquer das formas, para que a maldição retroceda, aqui vão as obras que, devo esclarecer, têm uma amplitude temporal de uns dois anos, tal é a minha vidinha de trabalho nos últimos tempos:

- Os Quatro Amores, de C.S. Lewis (empatia, amizade, eros e ágape ao rubro);

- O Elogio da Intolerância, de Slavoj Zizek (a despolitização da economia, esquerda e sanitas ao rubro);

- The Bob Dylan Scrapbook 1956-1966 (iconófilos e iconoclastas de acordo: inspiração ao rubro);

- Momentos de paixão, Rilke/Rodin (poesia, corpo, intensidade ao rubro);

- A Bíblia, de uma data de gente inspirada (tudo ao rubro);


Aqui não se passa a corrente a ninguém. Aqui termina a brincadeira e inicia-se a definição da maldição em causa. Dado que a cabeça mais criativa-surreal-inteligente-bizarra-estilosa que eu conheço é a do Sami, sugiro-lhe a primeira pedra. Uma sugestão: que coloque o Black-Skin do Vai tudo abaixo.

quarta-feira, julho 11, 2007

Coisas cá de casa. 

É frequente escutar comentários depreciativos da minha mulher acerca das canções por mim entoadas. É também frequente escutar comentários depreciativos da minha mulher acerca das canções entoadas pelos meus amigos. Há uns dias relacionou-nos com os Arcade Fire, ao que sorri, descomprometido. Sei que no fundo, é frequente sentir que os comentários depreciativos da minha mulher acerca das canções que me rodeiam são paixões negadas que inevitavelmente a atraem. Querida, o teu nome será canção.

quarta-feira, julho 04, 2007

Grande Henrique Viana, aquele abraço. 

Sempre atribuí uma cumplicidade entre estes dois senhores. Juntá-los é a minha homenagem. Do ar de malandragem ao escorreito corpo a representar, tudo aqui vale a pena. O Henrique Viana deu-me a noção do porvir na representação. O Sid James acompanhou-me durante belas tardes da minha meninice. Com jeito vai deveria ser uma expressão popular do léxico português!



Era rosa, no Trivial. 

Até ao momento não tinha felicitado o Nuno pelo campeonato conquistado porque estava à espera das cores das camisolas da nova época. Um Benfica cor-de-rosa campeão está na linha de um Porto na 2ª Divisão. Cá por mim, acho isto tudo muito propositado...

terça-feira, julho 03, 2007

Ainda os nomes. 

O grande problema do meu amigo Tiago é não ter um filho chamado Jesus.

Sem regras absolutas. 

Lembro-me que, ainda adolescente, fiz uma canção onde despontava um solo cromático bastante infeliz (não no sentido de infelicidade, mas mal conseguido, mal tocado, sem ponta por onde se pegasse). Não haver duas sem três é reprovação inequívoca na escala tonal. As notas dominantes necessitam respirar e ao ouvido apraz uma conclusão melódica. Tenho aqui numa mão a ideia da respiração boca-a-boca, na outra a de canção apaixonada e na cabeça os Sonic Youth. É um post de conclusão impossível. Nada dominante, portanto.

segunda-feira, julho 02, 2007

De regresso. 

Após 15 dias de férias, uma directa a trabalhar. Não me deixo enganar: chegará o dia em que não dormirei para fazer canções de amor.

quarta-feira, maio 23, 2007

Inevitabilidades. 

Querido blogue:

- Vamos dar um tempo?
- Tem mesmo de ser...?
- Acho que é melhor. Precisamos de sentir a necessidade.
- Hã?
- Assim... de sermos melhores amigos.
- Tretas. Não me chateies.

Voltamos em Julho.

segunda-feira, maio 07, 2007

Há quem compre o Sol para ler a Bomba Inteligente. 

«Apologia da Tolerância
Só há uma maneira de ser tolerante a sério: amando incondicionalmente. O amor incondicional é subestimado no dia-a-dia e usado e abusado em telenovelas de gosto duvidoso. Lamento também que tenhamos substituído o amor incondicional por relacionamento superficiais e hipócritas e manifestos de amizade politicamente correctos. Impusemos condições ao amor que não passam de modelos de exigência de uma perfeição impossível por parte daqueles que amamos. Um excesso de expectativas, por exemplo, pode ser causador de grande infelicidade, além de ser o caminho certo para a intolerância. Antes a esperança e a aceitação à expectativa e indignação. Amar incondicionalmente começa a fazer falta neste mundo doente, cheio de queixas superficiais e, por isso mesmo, ofensivas de quem sofre pelo que não pode ser curado. Ao amarmos incondicionalmente estamos a aceitar que o amado ou o amigo erram. Não há quase nada que possam fazer de mal que destrua o sentimento. O amor incondicional é talvez a única coisa que nos pode tornar imunes ao desgosto. Mas o que importa é aceitar sinceramente as diferenças dos que amamos, tendo estes por sua vez de ser muitos, com algumas excepções - e eis o reverso da medalha - pois não podemos amar incondicionalmente toda a gente.»
Texto de Carla Hilário Quevedo, publicado no Sol.

quinta-feira, maio 03, 2007

Nota musical 

Prefiro o Alfredo Marceneiro aos U2.

Natalidade. 

Vai ser assim... à Dylan!

























Via still kissin´

O bonequinho que faltava. 

Hoje Marques Mendes foi o entrevistado da imensa Judite de Sousa - o projecto de ser cara da t-shirt d´Os Lacraus concretizar-se-á em breve - na noite de hoje. Sentado no sofá, dou por mim e está o petiz de ano e meio aos beijinhos ao Marques Mendes. Daí ao onde estão os olhinhos do Marques Mendes?, ao onde está o narizinho do Marques Mendes?, ao onde está a boquinha do Marques Mendes?, foi um salto imperceptível.

quarta-feira, maio 02, 2007

Para o mal generalizemos. Para o bem, sejamos comedidos. 

No dia em que o Ronaldo deixar o Manchester United, este continuará a ser o maior de Inglaterra. No dia em que o Kaká sair do Milão estaremos perante um problema. Um grande problema. Hoje, deito-me satisfeito.



O segredo está na História. Só a genialidade a supera. 

No dia em que o Mourinho deixar o Chelsea, este passará a ser o clube mais detestável do mundo. Ontem, deitei-me triste.

segunda-feira, abril 23, 2007

Susceptibilidades. 

Era tão repleta de mundanidade que tentar convertê-la ao cristianismo era a pior tentação do mundo.

Do desejo. 

O que eu realmente queria era ter um cultozinho numa igreja evangélica sem grandes devaneios emocionais, sem grandes apologias do sentimento, sem grandes chamadas à consciência. E para não pensarem que sou intolerante com as experiências individuais dos crentes, aqui vai: O que eu realmente queria era ter um cultozinho numa igreja evangélica com raros devaneios emocionais, ligeiras apologias do sentimento, doutrinadas chamadas à consciência.

domingo, abril 08, 2007

Pai, prepara-te. 

Numa entrevista, o Keith Richards referiu que chegou a snifar as cinzas do pai com cocaína há uns tempos atrás. Depois da bomba lançada, lá se retratou com o clássico «estava a brincar». É de Direita, está-se mesmo a ver...

Ter cuidado com quem muda de clube. 

Conversava sobre as mudanças de clube que são operadas nos cidadãos do nosso país e cheguei à conclusão que a absolvição assenta em dois critérios assumidos: a genialidade e a burrice.

quinta-feira, março 29, 2007

Hora do jantar. 

Aquando da refeição, o momento da oração desperta no petiz de ano e meio o desafio de corresponder à expectativa. Dá a mão, não fecha os olhos, aguarda em silêncio e com entusiasmo o Amén efusivo. Por fim, ri-se. Cumpridíssimo.

quarta-feira, março 28, 2007

Os Lacraus no Termómetro. 

Após a nossa participação fomos entrevistados por uma menina simpática que nos questionava sobre o concurso, sobre o Alvim, sobre as nossas origens. Parcos em palavras torpes e inexoravelmente simpáticos com senhoras solícitas, discorremos sobre as teorias das nossas canções, sobre a quebra do princípio de não participar em concursos (ao que acedemos por se tratar de um convite do organizador), sobre o nosso estado civil, sempre na base de que a genialidade dos escorpiões está acima de um júri que ninguém sabe (soube) quem é (era). O suor tinha-se apoderado do palco e o entretenimento, do público. Ficámos em segundo e o mau perder era a única saída. O artista em concurso prostitui-se, e eu, não tenho vida para isto.

segunda-feira, março 05, 2007

Gravidez emocional. 

Ando com um enorme desejo de ir tocar canções à televisão.

Upgrade. 

O pequeno deixou de me chamar de mamã. Agora, ambos os pais são tratados por papá.

Quando a obra e a fé são inseparáveis. 

Tenho passado os últimos três sábados enfiado na igreja a discutir estatutos e regulamento interno. Existe atitude mais espiritual que esta?

quinta-feira, março 01, 2007

Há fibras que não se esquecem! 


terça-feira, fevereiro 27, 2007

Da observação atenta. 

Estava eu a olhar no vazio, quando dou por mim a ver um concerto dos Coldplay na televisão. «Muda lá isso.», diz ela com vigor. «Não gosto de homens que falam na horizontal

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Justificação da ausência. 

Tem-se tornado impossível postar devido a um vírus. E o mais grave é que não é no computador.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Já existe saudade. 

Na passada sexta-feira a Sociedade Guilherme Cossoul encheu-se - o frio e a chuva não entram na equação do roque-enrole - para o concerto que dava fim a uma semana de destaque da FlorCaveira no programa Portugália, da Antena 3. Houve poesia, suor, barulho e Alma. Queria ter agradecido a presença das pessoas mas o estado final da minha voz não o permitiu. Aos que vierem aqui parar e que lá estiveram, o meu muito obrigado por perpetuarem a nossa imodéstia.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Hoje, dia 16, pelas 22:30 concerto da FlorCaveira. Estamos nisto para perder dinheiro! 

Chega ao fim a semana da FlorCaveira na Antena 3. Para o prazer de oferecer um disco com as gravações e assistir ao concerto de Velhas Glórias, Pontos Negros, Lacraus e Ninivitas por 2,5€ é favor deslocar-se à Sociedade Guilherme Cossoul, na Avenida D. Carlos I, em Santos. Dez e meia é a hora da celebração.

Pontos Negros, na Antena 3 às 21h. 

Quarto dia d' Os Concertos de Bolso, no Portugália, com Os Pontos Negros.


Os Pontos Negros são a melhor banda do país na actualidade.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Lacraus, na Antena 3 às 21h. 

Terceiro dia d' Os Concertos de Bolso, no Portugália, com Os Lacraus.


Por preferência cantam sobre crianças, Deus e as mulheres.

Magreza, suor, surdez.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Velhas Glórias, na Antena 3 às 21h. 

Segundo dia d' Os Concertos de Bolso, no Portugália, com Samuel Úria e as Velhas Glórias.

O Samuel Úria tem muito a ver com o Howe Gelb. Associa a genialidade à beleza.


segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Os Ninivitas, na Antena 3 às 21h. 

Primeiro dia d' Os Concertos de Bolso, no Portugália, com Os Ninivitas. Vídeo, aqui.

Demasiado religiosos para os pagãos e demasiado pagãos para os religiosos.

domingo, fevereiro 11, 2007

Semana da FlorCaveira na Antena 3 (de 2ª a 6ª, às 21h) 

E aqui, começamos pelo fim. Do panque-roque à música popular, tudo muito adocicado pela dicção.

Errata: 22:30!

Varzim 2 - Benfica 1 

Não fosse eu ter a certeza de que o Benfica será campeão e ganhará a Taça UEFA, e teria ficado chateado. Garanto-vos que teria ficado chateado.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Da dádiva. 

Comprei uma experiência à minha mulher, n'a vida é bela. Acredito que este acto pouco revela sobre a minha masculinidade. Aliás, comprar experiências à mulher não revela rigorosamente nada.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Ainda voltando ao tema de o orgulho nacional estar na música que se ouve. 

Em plena rotatividade de canais, apanho o vocalista de x-wife a dar uma entrevista na Sic Radical. À segunda questão acerca das referências da música nacional que tinham, é respondido que «não temos quase nenhuma influência de coisas nacionais», seguindo-se uma batelada de referências estrangeiras. Está tudo dito. Mudei de canal.

A mamã forma-se em psicologia e isso só aumenta a confusão. 

O meu filho tem um ano e meio e insiste a chamar-me de mamã. Não percebe a distinção e eu começo a ficar impaciente com esta estória. Está aqui, está no psicólogo.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Na véspera do aniversário, há maturidade vocal. 

Não foi estranho acordar com uma voz grave, deliciosa na relação com o gravador. Estranho foi passar a manhã inteira com a mesma voz cortante cada vez que soava uma palavra. Hoje, de fato e de facto, senti-me um Cohen em potência.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Contra o aborto. 

Estou num cliente onde escuto as preocupações de uma mãe, a roçar os quarenta, acerca dos pensamentos do filho. Apanhou-o a ver o «Jura», na SIC, e teme pela sua reputação. «Só de pensar que ele me imagina a fazer aquilo... ai meu deus... até estou nervosa.» Não percebe que o problemático seria se enervar a fazer aquilo quando imagina o filho a pensar nela.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

National pride. 















Excelente abordagem ao piano, descomprometimento com o espectáculo, trovador nato. O Howe Gelb tem muita pinta. É que para além de genial, é giro.

E lá teve de levar um CD de Ninivitas com ele. Recebeu com agrado some national pride.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Os princípios não necessitam de simpatia. 

Não é costume jogar futebol com senhoras, o que me deixa feliz. Não por não gostar de ver as senhoras jogar mas por não gostar de jogar com elas. Os fanáticos com a mania são assim.

A bem da verdade intelectual. 

A lista dos cem maiores portugueses de sempre diz muito sobre o nosso povo. O corporativismo evidente na escolha de Álvaro Cunhal, João Ferreira Annes de Almeida e Jorge Nuno Pinto da Costa aprisiona-nos na irrazoabilidade das nossas escolhas. Infelizmente, o português só não é corporativista com as mulheres, impedindo o destaque de uma única Batseba nos cem primeiros. A carne parece que não é assim tão importante para o país, o que - diga-se - é uma grandessíssima desonestidade.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Florcaveira 

Ouço na Radar um programa do Zé Pedro Dos Xutos onde é dedicada uma semana a bandas portuguesas que cantam em inglês. Dizia ele que a decisão cabe a cada um e que respeita todos. A conduzir, rio-me, ironicamente. O mundo não está para tretas. Inglês por inglês, que seja o Bush a declarar: Either you are with Sam The Kid, or you are with the terrorists!

A estocada final dou-a eu, ora ora. 

O Nuno deu a estocada final, algo precipitado e que obviamente não poderia acontecer. O livro da Carolina já cá alugou quarto, para provar as imprecações de Giorgio. O consolo dos meus dias actuais chama-se Atlético. É tão bom terminar com romantismo...

Regresso. 

A última vez que fiquei sem postar tanto tempo seguido, passados uns meses, tive um filho. O segredo será sempre não ficar inactivo. O melhor é mesmo activar o blogue.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Consoada da Florcaveira: 

Hinos, meus caros, hinos!

À carga. 

O mítico barbas não prestou juras de amor a ninguém. Muito pelo contrário: há ali muita coerência naquele coração gorduroso. O que ele fez, como fanático que é, foi ignorar matérias e satisfazer o critério. Isto é tudo o que importa. Poderá, então, discutir-se o critério nele entranhado mas, aí, tocaríamos no que de tão precioso o Porto tem tido nos últimos vinte anos - e sempre que alguém utiliza o binómio Porto-20Anos lembro-me do José Pratas a fugir na Reboleira -, o que não nos levaria, como todos sabemos (eu, o meu amigo Nuno e a Maria José Morgado), a lado nenhum. No entanto, o Nuno segue uma orientação correcta, a da História. É na História que se argumenta o futebol, que se escolhem clubes (porque isto de se ter o Chelsea como clube inglês é uma enormíssima fantochada). Este é um princípio básico. Sempre que a História é desprezada enumeram-se situações inconsistentes e menos verdadeiras, porque no futebol a verdade é uma coisa tramada. Não quero maçar o Nuno com a História do Benfica e do Porto dos últimos 100 anos, muito menos com a dos últimos vinte anos (cá está novamente o José Pratas a correr na minha memória). O que quero dizer ao meu amigo Nuno é que também tenho o meu critério: que a Justiça limpe as correrias na Reboleira que habitam na minha memória.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Nota musical. 

Prefiro o hey! ao yeah!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Presente que já cá mora. 

Mas é suposto eu também te oferecer o Desire para, ambos, dispormos de dois exemplares na prateleira?

segunda-feira, dezembro 11, 2006

O meu amigo Nuno sentiu o toque, a tremura. 

O meu amigo Nuno apelida o livro da Carolina Salgado como «o mais estúpido de sempre». O meu amigo Nuno é um portista daqueles que dá gozo discutir futebol, ou melhor, discutir tudo o que rodeia o futebol, e não o jogo propriamente dito. O meu amigo Nuno terá de me ouvir a respeito do livro da Carolina Salgado, personalidade que subiu muito na minha consideração por, estupidamente, tratar os estúpidos com estupidez. E mais: estou disposto a ler o livro, apenas para que quando discutirmos a temática «Pinto da Costa» eu possa questionar o meu amigo Nuno com um lacónico «Mas tu leste o livro?».

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Em gestão. 

Há uma preguiça indescritível e intolerável no facto de manter os linques à esquerda desactualizados e não estar a par do que os outros blogs pregam e, daí, não citar nem um. Há fases na vida de um homem - expressão que faço questão de utilizar - em que a preguiça é a raíz de quase todos os males.

Caso não percebam: isto não é um prognóstico. 

Antes do Sporting-Benfica tinha um feeling de que íamos ganhar a Alvalade, exactamente o mesmo (inversamente, é claro) que tive quando o Benfica foi jogar a Braga. Bem sei que me poderia chamar Vigário e estar a contar um conto, mas não. Atenção: não estou! Esta coisa dos feelings futebolísticos é tramada porque nos confere uma autoridade na matéria que não queremos, nem devemos, ter. Podem existir mil transicções defesa-ataque - e todas elas defendidas pelo Luís Freitas Lobo -, ou ataques em leque e defesas em harmónio, que não há quem trave esta luz priveligiada. Ora, já tudo se questiona sobre Manchester. Amigos, meus amigos, ganharemos 1-2, com golos de Simão e Miccoli. Ao intervalo estará 1-1.

sábado, novembro 25, 2006

Tarde de Sábado: a família dorme e eu,
disponível para amar.


Hoje, em 10 minutos, mudei três - repito, três - fraldas sem emitir um único ai! 

O lado pernicioso de morar em São Bento é escutar com alguma regularidade palavras de ordem sindicais. Um lado ainda mais preocupante é o educativo. A minha senhora criou um slogan para a muda das fraldas. Sempre que o pequenito faz questão de mostrar que o sistema digestivo está em ordem, ouço "É urgente, é urgente...". Durante meses tolerei o slogan, dada a urgência do facto. Contudo, estranhei a estrutura rítmica e tonal da expressão. À minha pergunta respondeu-me que «É urgente, é urgente, uma política decente!». Alertei-a para os perigos deste registo e nem sequer me beijou.

segunda-feira, novembro 20, 2006

E hoje sai o Orphans! 

Panque-roque do bom!



Há dois anos, quando vi o Waits em Amsterdão, lembro de, à 4ª malha, ter pensado que o ceú seria um sítio com sonoridades semelhantes. O meu desejo é que um dia destes o dito senhor experimente o TrentonaLingua.

domingo, novembro 19, 2006

Um labéu. Um grandessíssimo labéu, é o que é. 

Vi a reportagem na SIC sobre BDSM, ou seja, Bondage-Dominação-Sado-Masoquismo. Mudei de canal a meio, enfastiado. Há coisas na vida que não chego a ter, ou a querer ter, opinião. É que não são só comportamentos abjectos. O que me lixa ali é a perda de tempo. E nem me refiro ao dominador ou ao submisso. Refiro-me, sim, ao tempo em que poderia estar a anunciar a grande notícia do dia 20 de Novembro de 2006 e estava ali a ver energúmenos encapuçados a falar com voz distorcida, como se de algo importante se tratasse. Roço a tentação de utilizar uma louçãzada: é o autêntico supremo da ignomínia!

Não há razão para franzir o sobrolho. 

Estava preocupado com a saúde do meu petiz, apesar do descanso do pediatra. Quinze meses e nem um dente. Fui ao google e pesquisei «síndrome de pessoas sem dentes». Espanto. Existe mesmo. É tão terrível que nada tem a ver com o meu velhinho. A ausência de dentição retira segurança às pessoas. Há mais fragilidade, mais súplica, mais dependência. Sem dentes, há mais mimo.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Há que ser criterioso com a escolha das camisolas. 


segunda-feira, novembro 13, 2006

Grafologia. 

"A inclinação de sua letra mostra que você parece ser uma pessoa equilibrada, educada. Mas é um pouco “fria” com quem acaba de conhecer. A ligação de sua letra revela organização, raciocínio lógico e razoável capacidade de adaptação. A direção de sua letra indica controle, constância e organização, especialmente nas tarefas cotidianas. A pressão que usa ao escrever sinaliza estabilidade e equilíbrio. As áreas valorizadas na sua escrita destacam vigor físico e sexual que se refletem na grande habilidade de expressão corporal. A forma de sua letra demonstra conservadorismo, formalidade e uma certa frieza em seus relacionamentos sociais. Tende a esconder sentimentos." É testar, é testar.
Via elegantíssima Charlotte.

Constato. 

A fé, sem silêncio, é morta.

Self-management. 

O ocupado precisa de ter tempo para desperdiçar a bem da sua criatividade. Ao artista, é de grande utilidade, este desperdício. No fundo, a inspiração é dissipação do picuinhas. A madrugada é fatal neste processo.

sábado, novembro 11, 2006


quinta-feira, novembro 09, 2006

Serões em família. 

Caro Paulo,

Concordo em absoluto. O Gonçalo Martins de Mello é quase tão bom como o Zé Maria Vilar. Escroques da melhor espécie.



PS: Acredito que tenhas adorado a entrevista da Nelly Furtado ao Telejornal da Sic na noite de ontem. Imperdível!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Notícias de Itália II 

Cheguei a Milão numa segunda-feira. Fiquei hospedado no mesmo hotel que a equipa do Livorno (iam jogar contra o Inter em San Siro), onde joga o nosso Vidigal. Como bom português que sou não pude deixar de cumprimentá-lo, o que quase me garantiu uma camisola dele. Quase, porque o Livorno, após o jogo, não regressaria o hotel. E lá fui eu ao Giuseppe Meazza. Colossal, imponente, altíssimo. Subi tantas escadas que lhes perdi a conta. O barulho é imenso, intenso, contagiante. Impressionante claque aquela, com umas 10 ou 15 mil alminhas que não se calaram um minuto. Até nos preço me surpreenderam: 17€ para homens e 11€ para senhoras. Exemplar. O Inter lá deu 4 ao Livorno e o Figo é o maior. A seguir ao Materazzi, claro, que não perdeu a oportunidade de pisar um adversário no meio campo.
Na sexta-feira já tinha saudades de casa, ansiava voltar para perto do filhinho. E lá voltei! Falta de atenção a minha. Afinal de contas, no dia a seguir ao do meu regresso era o grande Milão-Inter e estou certo que, daqui a 15 anos, o pequeno me agradeceria por poder testemunhar esta maravilha.

Notícias de Itália I 

Sempre me senti bem no estrangeiro, de modo que Milão não foi excepção. Sentir-me deslocado dá-me liberdade para estar como quero e bem entendo sem preocupações reais. Não que aqui me sinta preso mas, vocês sabem (claro que sabem), é diferente. É uma cidade sofisticada, na medida em que os milaneses são sofisticados. Aliás, a grande frustação da sofisticação é não ser milanesa. As mulheres lindíssimas, os homens arrojados, as miudinhas atrevidas, os putos arriscados, os sessentões seguros de si, as tias excêntricas, é tudo sofisticado. Pelo menos, no centro de Milão (Duomo). A via Montenapoleone, sublime. Prada, Armani, Dior, Gucci, Louis Vuitton, Valentino, Versace, há de tudo. Para além de ser a capital da mini-saia, os vestidinhos a quinze mil euros, as maquilhagens a fazerem de operações plásticas, os olhares altivos, os carrões estacionados à porta, tudo aquilo me deu um gozo brutal. É sociológico, digo-vos! Religioso, até!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Até já. 

Uma semana de formação em...






































Milão


quinta-feira, outubro 19, 2006

Duas preciosidades destas... 

Scarlett sings Tom Waits


segunda-feira, outubro 16, 2006

Não necessariamente por esta ordem 

Fui a um jantar com colegas de faculdade, mais de metade dos quais não via desde que terminámos o curso. Era o único pai, o único protestante e o mais mal vestido. Tudo isto foi abordado à mesa sem um único coeficiente de correlação aplicado.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Adiou o sono por duas horas para, à meia-noite e nove minutos, ver o Dr. House. 

eu: "Gostas deste gajo?"
(ela sorri condescendentemente)
ela: "Até a Bomba Inteligente gosta."
(ela encolhe os ombros)

Percebi-a nesse instante. Admiti razoabilidade no facto, no adiamento. Aceitei a irrestibilidade. Sentei-me, de imediato, com ela no sofá a ver o Dr. House.

quarta-feira, outubro 11, 2006

A primeira acção viril 

Dizem-me que o meu petiz arranjou namorada na creche. As educadores, embevecidas e emocionadas, falavam dos mimos que os dois seres minúsculos trocaram durante a tarde. Passam a explicar: ela, Mafalda de 24 meses, com a cabeça no colo dele; ele, Tomás de 14 meses, a dar-lhe festinhas com a mãozinha pesada que o caracteriza. Não se largavam. É sempre assim: o colinho é mais sentido quando os mimos são viris.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Estar alicerçado à rocha e não ao pó. 

Passei anos da minha adolescência evangélica a tentar apreender a verdadeira espiritualidade de todos os rituais, acções e mandamentos que somos impelidos a cumprir. Sob pena de ser um incauto da fé, era estimulado a não cantar, a não orar, a não pregar a não ser que houvesse uma devoção honesta, sentida, própria do momento. O meu problema com este tipo de abordagens está na fiabilidade implícita no comportamento do ser humano, em questões de fé e prática religiosa. A inconstância espiritual - chamemos-lhe assim - dos crentes castraria toda e qualquer tentativa (frustada) de uma sentimento verdadeiro e de uma devoção honesta alicerçada em tantos outros fundamentos que não o momento em si. A exteriorização das práticas religiosas exige uma dimensão, quem sabe a mais importante, que se prende com a obediência. Não coloco em causa a possibilidade de se cantarolar e orar com posturas claramente erradas, relevando a importância de um interior que se quer de boa saúde. Coloco sim em causa, a preferência da ausência e do silêncio em prol de uma vida mais honesta, mais perfeita, mais dada a um nível qualquer superior. Fiemo-nos na nossa perfeição e veremos o abstracto em que vivemos. No limite, o grande problema está na excessiva e exagerada preocupação do crente na sua relação com Deus.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Copy-Paste da Voz do Deserto 

Os Lacraus rocam no Barreiro Rocks. Numa matiné que começa às 16h.Olhem o que escrevem sobre nós: "esta é uma das melhores bandas punk rock nacionais [as pessoas merecem ouvi-los] e Tiago Guillul [nome pelo qual o meu filho, seu sobrinho, o tratará] um dos melhores escritores de canções em Portugal [mais de três acordes é jazz]. Nascidos das cinzas dos Gratos Leprosos com ramificações que vão desde os míticos Guel, Guillul e o Comboio Fantasma [primeira evidência factual, espiritual e sedutora de que a simbiose estava, há muito, predestinada] aos Pontos Negros, Borboletas Borbulhas, entre outras bandas, Tiago Guillul, Guel e Cado [um primor na minúcia musical] fazem, como Lacraus, uma fusão perfeita entre as suas proclamadas influências: Ramones e António Variações [lá está, de Braga a Nova Iorque]". Voluptuosidade.



segunda-feira, outubro 02, 2006

Ainda não está escuro 

Samuel Úria, és grande.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Partilhamos a cumplicidade do fascínio pelo termo. 

Para o meu amigo Paulo.

Escroque: indivíduo que se apodera de bens alheios por meios fraudulentos; vigarista; trapaceiro.

Sou contra a palavra torpe da mulher. 

Uma colega de trabalho, que não conhecia, colaborou comigo numa formação conjunta. Ela, elegante, prometia sobriedade na postura. Agradam-me senhoras pouco à vontade onde o essencial se mostra de forma responsável. Dois minutos e trinta e sete segundos de conversa e dizia-me que não percebia «um peido» - repito, «um peido» - de já nem me lembro o quê. Daí a um sumido «foda-se» decorreram sete segundos e meio. As apresentações estavam feitas. Permaneci calado, estático, desacreditado.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Do Amor, esse sim, insubstituível II 

Prefiro o ódio à indiferença.

Do Amor, esse sim, insubstituível I 

Será plausível que um pastor, um diácono ou um membro da união feminina usem os termos nós e eles?

terça-feira, setembro 26, 2006

Prognóstico: Benfica 1 - Manchester United 1 

É óbvio que o Benfica de Fernando Santos não tem pedalada para passar a fase de grupos da Liga dos Campeões. Não fosse eu benfiquista e diria que passar a fase de grupos seria um milagre semelhante à detenção de Pinto da Costa no âmbito do apito dourado. Na realidade - termo irritantemente utilizado pelo nosso treinador - há moleza a mais, competição a menos, compreensão nos píncaros da insanidade mental, social, política e tudo o que de mais societal há neste mundo. Pergunto-me, por vezes, acerca da postura com que o Petit vai para o treino - uma autêntica batalha na consciência do rapaz, já que não pode morder, salivar, ceifar pernas, mas apenas compreender o que, na realidade, o Benfica quer fazer. Eram 18:23 quando, n´A Bola Branca, Fernando Santos dizia que não estava preocupado com a forma do Benfica, dado que no jogo com o Paços de Ferreira «tínhamos sido senhores do jogo, criado oportunidades de golo, confiantes da vitória, factores que contribuiam para o elevado estado anímico dos jogadores», apesar do empate absurdo. Dizia ele - até me custa escrever isto - «que o Benfica está perto daquilo que todos (equipa técnica e jogadores) esperamos e queremos que esteja». O mínimo que se exige a Fernando Santos não é vencer o Manchester, não é pôr o Benfica a jogar futebol, nem sequer vencer na Vila das Aves. O que se pede é ilusão. Que passe o resto da vida a dizer que ainda não estamos como pretendemos (uma inevitabilidade eterna com Fernando Santos), que as lesões de há 3 anos ainda influenciam o fio de jogo da equipa, que Jorge de Brito é o grande culpado por não ter trazido o Paul Gascoine. Que tenha o seu mérito no ilusionismo rectórico. Agora, não faça de nós néscios!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Salvação no aperto de deixar o petiz na creche. 

Este é o Sr. Hamburger, o melhor amigo do meu filho de 1 anito.



Nota religiosa. 

É preferível estar apartado de Deus que instrumentalizá-lO de acordo com a vidinha cheinha de projectinhos nossos.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Elegância na consultoria. 

Hoje passei o dia a dar formação a novos catraios(as) que pretendem passar os próximos dois anos da sua vida a trabalhar que nem uns hereges. Como sou susceptível a pronúncias requintadas digo-vos: as miúdas do Porto têm muita pinta.

Nunca serei baterista, apenas o gajo da bateria. 

Tenho formação em piano mas passei a minha vida musical com a guitarra nas mãos, a imitar, inconscientemente, o Keith Richards. De facto, nunca toquei bateria até há 3 semanas atrás. Refugiando-nos no auto-convencimento de visionários das canções, desafiei a minha descoordenação evidente com tambores, em busca do que não se faz neste país e precisa urgentemente de ser descoberto. Sei que personifico o coelhinho da duracell com exímia eficácia. Temos um concerto marcado para dia 5 de Outubro, no Barreiro Rocks, facto que antecipou algumas angústicas de preparação. Aflige-me, principalmente, o teste de som, dado não saber os nomes técnicos, não saber apertar os tripés, pratos e afins. Sou rígido no ritmo e faço barulho simples com estilo, apenas. Na bateria, não sou um gajo dócil. A alma antes do virtuosismo.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Não é este o caminho. 

A grande chatice de perdermos o ritmo no blog é darmos por nós a sermos varridos com tanto a tamanha velocidade que ficamos sem saber por onde recomeçar. É albatrozes para ali, Intelligent Design para acolá, e eu aqui, meio perdido, a tentar enquadrar o albatroz na evolução.

terça-feira, setembro 19, 2006

Arranque. 

Este regresso aos blogs, depois das férias, tem sido complicado. O regresso mais fácil até à data foi em 2003, para homenagear o Johnny Cash, aquando da sua morte. Voltarei em breve, com os vivos. Prometo.

terça-feira, setembro 12, 2006

Prós e Contras de ontem. 

Pacheco Pereira: "Temos que ter o mínimo de racionalismo nos argumentos."

Que o doutor Mário Soares não perceba patavina de história religiosa não é novidade. Que o doutor Mário Soares não discuta com lógica, mas antes se baseie em slogans abstractos de propaganda ignorante, também não é nada de novo. Que o doutor Mário Soares ache estranho falar com Deus, identificando isso como fanatismo religioso, também não surpreende. Que o doutor Mário Soares acredite que os Estados Unidos da América, por terem tido forte influência nos líderes que agora governam o médio oriente, não merece opinião – quanto mais intervenção – naquela zona do globo, também já me habituei. Agora, que o doutor Mário Soares pondere negociar com terroristas, não veja nenhum problema num Irão nuclear, aponte a pobreza como bandeira da Al Qaeda, revele que o evangelismo mundial aos born again christians é a grande Missão secreta de Bush (toda ela retirada do livro de Mateus, n´A Grande Comissão) é que me apanhou descuidado. Tanta verborreia a ser distribuída gratuitamente e ainda andamos preocupados com as armas de destruição maciça.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Sou fã do onze de Setembro. 

Há cinco anos almocei num Chinês com dois Tiagos e vi, em directo, a queda das torres. Mais. Ainda em directo, presenciei um telefonema do José Eduardo dos Santos para um director do BCP em Nova Iorque, onde o primeiro interrompia o segundo para dizer que havia mais um avião a dirigir-se «para aí». É óbvio que o tal director não reagiu. Foi um silêncio humorístico nesta tragédia. Lembro-me de ligar para o meu pai a estimar 30.000 mil mortos e de falar com o meu cunhado (também Tiago) sobre a iminência da 3ª Guerra Mundial. Fiquei nervoso. Gosto disto, admito. Ontem, adormeci no sofá, de onde me levantei perto das cinco á conta de tanta reportagem sobre o 11/9. Hoje, padeço de uma dor de costas terrorista mas estou motivadíssimo para ver o Mário Soares sem perceber o que quer dizer o Pacheco Pereira.

terça-feira, setembro 05, 2006

Praxis. 

Na minha igreja - durante a escola bíblica dominical - falava-se de Cantares de Salomão e das juras de amor eterno. Um homem, desconhecido da congregação, levantou-se dando um testemunho de infidelidade, perda de emprego (daí decorrente), sono ao relento e desonra humanitária naquilo que, com esforço, havia tentado construir. A vida é assim mesmo, quando clamamos os princípios, trememos com os factos. O melhor escudo é admitir as possibilidades, admitir a velha natureza.

De volta 

Percorrido o país de Monção a Cabanas de Tavira, volto com vigor rejuvenescido. Só assim não me perdi em argumentos de auto-comiseração gratuita e de penitência dolorosa por ter deixado o petiz na creche sem um único conhecido. Foi um dia tramado e eu sou um panque lamechas, é o que é.

sexta-feira, julho 28, 2006

Férias 


Esta sala reabre em Setembro.


quarta-feira, julho 26, 2006

Acréscimos e diferimentos de proveitos na igreja. 

O Pastor da igreja onde me congrego veio falar comigo por não ser um contribuinte regular - nova designação para o dizimista - facto que, com cautela, surgiu à conversa. O dinheiro sempre atemorizou os crentes e o melhor é irmos com cuidadinho à carteira do irmão. Expliquei-lhe que a minha história nas contribuições para a igreja sempre foi irregular. Contudo, não em termos absolutos. Sou um contribuinte absoluto, digamos assim. Como ainda não aderi aos dízimos por transferência bancária com ordem permanente no banco, opto pelo acto único. O princípio da especialização dos exercícios também tem lugar na igreja.

segunda-feira, julho 24, 2006

Breves notas do Lisboa Soundz. 

Do concerto de Sábado à noite gostei especialmente do Howe Gelb e do seu gospel choir. Simplicidade com humor são coisas que combinam em palco. Aquele ar próprio de quem não se leva muito a sério mas que sabe que é bom, muito bom, favorece-lhe o esquema mesmo em plena tarde. Tem força, tem alma, tem muito dylanismo a ajudá-lo, digo eu.

Os She Wants Revenge também estiveram bem. Provavelmente, os que mais me surpreenderam, já que franzia sempre o sobrolho a escutá-los e, aquilo, resulta muito bem ao vivo. É sexualmente atractivo. Ainda que haja uma certa monotonia nas sonoridades, é intenso e, isso, basta-lhes.

Os Dirty Pretty Things são fonte inspiradora da forma como gosto de ver tocar. São acelerados, irrequietos, sempre na iminência de algo acontecer, bom ou mau.

Os Strokes valem mais pelos álbuns que pelos concertos. São albuns quase perfeitos e concertos claramente imperfeitos. Nunca pode ser um álbum a puxar pelos concertos. A lógica é a inversa. O Julian sofre de um mal terrível para um vocalista e compositor fenomenal: calças justas e ténis-bota número acima de 45. É preciso ter muito cuidado quase se usam calças justas e se tem um pé grande. Pareceu-me cansado, mole, com falta de fôlego, a precisar de férias. Mas gostei do concerto. Diverti-me, é o bastante. Pena foi não ter conseguido alertar a menina, dos seus 17 anos, que aterrou com a face no alcatrão, num crasso erro de mosh emotivo. Duas notas: Nunca se salta para trás quando se pretende fazer crowdsurf; nunca se salta na última música do encore. É um desperdício. Temos que aproveitar e a menina não aproveitou.

quinta-feira, julho 20, 2006

Aviso à navegação. 

A grande desvantagem de não ter trocado alianças na cerimónia de casamento é não usar aliança no dia-a-dia.

quarta-feira, julho 19, 2006

O que o meu coração persegue.



segunda-feira, julho 17, 2006

Trinta e dois euros. 

Há 3 anos não pude ver o Howe Gelb, em Lisboa, por ter adormecido ao volante e, consequentemente, espatifado o automóvel por um autocarro da Lisboa Transportes adentro, depois de duas directas a trabalhar. No próximo Sábado resolvo esta pequena falta. Estou motivadíssimo para vê-lo, a ele, e aos Strokes. É que são das melhores coisinhas musicais que temos tido nos últimos tempos. Nem vai haver apresentação do Benfica que valha. Nem Rui Costa que me seduza. Tudo isto pode esperar pelas meias-finais da Liga dos Campeões. Esta semana sou um gajo musicalmente esclarecido.

Ser arriscado é uma qualidade tremenda. 

O meu primo Ricardo diz que o meu filho, pequena encomenda de 11 meses, tem as reacções - leia-se expressões faciais - próprias de quem é o mais feliz do mundo ou o mais infeliz do mundo. Concordo e satifaço-me com a descrição. A mornidão não tem piada. É de exageros que este país precisa.

quinta-feira, julho 13, 2006

Ás 23:56 era um homem bem disposto. 

José Maria Martins, no seu blog, apelida de "intelectuais da bosta" quem se empoleira a falar mal do Scolari. Pela minha parte, continuo lê-lo. Mas é que nem penso no Scolari.

quarta-feira, julho 12, 2006

Aquilo a que José Maria Martins classificaria de 'inverdade'. 

O Tiago escreve que sou giro como o caraças, o que me desagradou. Quem dedica o Marco Materazzi à genial rúbrica «Gostar de Homens» não é de confiança. Visitantes, franzam o sobrolho aos axiomas vindos do púlpito!

segunda-feira, julho 10, 2006

O melhor do mundial. 

Antes de se iniciar o mundial, opinava que só havia 2 selecções claramente superiores à portuguesa: Brasil (as coisas que eu dizia...) e Itália. Ganhou a Itália, uma das minhas selecções preferidas, a par da Dinamarca (ganhei-lhe o gosto em 84 e 92). Jogaram à italiana e deram-se bem. O jogo engasgado, monótono mas bem jogado, sempre com a sorte do seu lado e, claro está, a vantagem de, inconscientemente, colocarem 9 jogadores nos últimos 20 metros do campo, evidenciou-se desde o primeiro jogo. Depois, a vantagem de se ter o melhor guarda-redes, o melhor trinco e o melhor defesa-central. Ao último atribuiria ainda o título de melhor jogador do mundial. Quando se é intransponível, o mais certo é levantar-se a taça de campeão.




























Fábio Cannavaro

sexta-feira, julho 07, 2006

Fomos macios. 

O grande engano dos portugueses no Mundial não foram as quedas para a piscina com que o Ronaldo e o Postiga nos brindaram. Para mim, a enorme fraude da competição foi a cabeçada do Figo no Van Bommel - sinal viril, respeito lusitano - desmistificada com um peito destituído de cobertura pilosa. A nossa bandeira rapou-se...

Prosseguir com um blog em Setembro é garanti-lo até Julho do ano seguinte. 

Esta sala completa hoje 3 anos. O tempo passa e atormenta-me, novamente, o Verão que se aproxima. A minha Senhora da Graça.

Esqueci-me de comparar o Henry ao Pauleta, raios! 

E a minha mulher não percebe a tristeza com que passei o resto da noite por este facto inexorável.

segunda-feira, julho 03, 2006

O Figo é o maior. 

Portugal vai ganhar à França por 2-0. Isto, porque temos o Miguel e o Ricardo Carvalho (daqui explica-se o zero dos gauleses). Quanto à primeira parte do resultado, temos que confiar no meio-campo já que o Pauleta só marca golos contra equipas compostas por carteiros e construtores civis, sem desprimor para o ponta-de-lança. Assim sendo, será o Ronaldo e o Simão a resolverem enviar mais uns 4 ou 5 artistas para o hospital, resultado de quedas do Marquês de Pombal.

No jogo seguinte, não interessa se a final se o outro, espero encontrar a Alemanha cuja equipa não interessa a ninguém, a começar pelo guarda-redes e a terminar no Klose, um jogador banalíssimo. São equipas destas que chegaram à final de 2002 e que, com sorte, eliminarão a Itália (merece tudo de bom, favores dos árbitros incluídos), que incomodam qualquer apreciador de futebol, por não haver um único jogador alvo de admiração inequívoca. Alguém admira o Robert Huth ou o Metzelder? Mas alguém compra uma camisola com Torsten Frings escrito nas costas? Cresci a ver jogar o Pierre Littbarski, o Rudi Voeller ou o Lothar Matthaeus. Habituaram-me mal, coitados.

Uma última nota para Scolari, que não percebe um bói de futebol, mas segue à risca tudo aquilo que a divindade do futebol, cujo nome começa por J e termina por osé Mourinho, se farta de dizer há anos. Ser treinador de futebol é gerir pessoas, criar espírito de grupo, de guerreiros enraivecidos, um elitismo assumido. Depois, se se perceber alguma coisinha de futebol, tanto melhor.

sexta-feira, junho 30, 2006

Vamos conversando, jogando, decidindo. Sou adepto do gerúndio! 

Irritam-me as pessoas que tomam para si a decisão, o marco, o ponto de viragem do que quer que seja. Pretendem ser decisivas, tornando-se chatas, incómodas e convencidas. Querem solucionar instantaneamente os problemas, querem fazer o último passe, vingando a intolerância. É assim na profissão, nos diálogos em família e no futebol. E o que está à vista de todas elas - mas cegas, coitadas - é que o Zidane se farta de fazer passes para o lado, a três metros, dos mais simples.

Do romantismo. 

Não gosto de vinho, mas gostava bastante de perceber muito de vinhos.

terça-feira, junho 27, 2006

Preparando o concerto de sexta-feira. 

«Dois excessos: excluir a razão, só admitir a razão.» (Pascal)

É deixá-lo ir... 

Deparo-me com uma inquietante luta de velocidades: o tempo que demora a pôr-se de pé iguala o tempo da queda de nuca no chão. É a primeira tentativa de um aforismo involuntário do pequeno de 10 meses cá de casa.

segunda-feira, junho 26, 2006

A agendar com tempo e critério. 


Só a «basculação» do Mourinho no Portugal-Espanha de 2004 merece a minha admiração. 

Cada vez que ouço o Luís Freitas Lobo dizer que «o Costinha é fundamental na transição defesa-ataque» estremeço por todos os lados.

segunda-feira, junho 12, 2006

Férias. 

Voltamos dia 26. Bem-haja!

Gastroenterite viral. 

Inaugurei este fim-de-semana as urgências da CUF com o filho de 10 meses doente. Sem reacção, fraqueza dilacerante, reguilice inexistente, a roçar a desidratação, lá passou a noite com soro nas veias. O início do Mundial nem parecia o início de um Mundial. Nem sequer estranhei não ter a Sport TV. Á data da escrita deste post ele já está quase quase bom e a vida é mesmo assim. Quero lá saber do Zé Kalanga...




PS: Qual o melhor café com Sport TV em Cabanas de Tavira? Raquel, só quero cromos, só quero cromos!

Síntese 

Objectivamente, o pai não pode ser mãe.

segunda-feira, junho 05, 2006

Súplica! 

Estamos a uma semana do Mundial e eu ainda não terminei a caderneta. Coleccionadores com repetidos: escrevam mails!

Credulidade instantânea. 

Eu sofro de um grave problema. Vejo o Rock in Rio na televisão e, dado que não entro em confronto com as leis naturais, vejo possibilidades nas canções dos grupos onde toco e canto. C.S. Lewis chama a isto fantasia psicológica castelos-no-ar egoístas. O que ele, escritor, não sabe é que eu acredito mesmo nisto.

terça-feira, maio 30, 2006

Ordem das coisas. 

O meu amigo Paulo não distingue o mérito do que é bom e do que é mau. Discordamos. Filho meu mais depressa ouvirá Marco Paulo que Sting.

Recuso o elitismo do link. 

A minha lista de links não me diz rigorosamente nada. Foi criada no passado, remediada há uns tempos e ignorada no presente. O que eu queria era uma lista infindável de links para me deslocar mais facilmente. Eu e os que aqui vêm. Não sei fazê-lo com eficiência e conformo-me com a preguiça. Leio blogs que não têm o link aqui ao lado, não leio blogs cujo link aqui consta e creio ter uns quantos links desactualizados. Em tempos referi que a minha lista de links parece a minha maneira de vestir. Recuso o elitismo do link. Nem se quer me lanço às razões pelas quais a recusa é, para mim, uma inevitabilidade. Os blogs que não me linkam não merecem nada de bom na vida.

sexta-feira, maio 26, 2006

Por mim, que o imito descaradamente no passe, a época está ganha. 

A vinda do Rui Costa para o Benfica pouco adiantará à discussão dos que falam sobre futebol com razoabilidade, com seriedade ou até mesmo com justiça. Para mim, é a melhor contratação de todos os tempos e espaços e tudo o que de bom há neste mundo. Trata-se, sem dúvida alguma, do jogador com mais classe que este país alguma vez conheceu. E o segredo está mesmo ali, visível a qualquer um: o passe com a parte de dentro do pé, sem o apoio do pé oposto, tudo isto executado com o corpo verticalizado e cabeça bem levantada. É este movimento que lhe confere uma classe inclassificável (insira-se nesta amplitude o Gabriel Alves). E como qualquer pessoa que jogue futebol sabe, isto não está ao alcance de todos.

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